segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Sarau em Casa – 3ª Edição



Neste domingo, dia 27 de janeiro de 2013, ocorreu a terceira edição do Sarau em Casa, iniciativa sem fins lucrativos encabeçada por Christiane Duarte, educadora do Museu da Cidade de São Paulo.


O que é o Museu da Cidade?

“O Museu da Cidade de São Paulo é uma rede de casas históricas distribuídas nas várias regiões da cidade, formada por treze exemplares arquitetônicos que se relacionam com a história de São Paulo.”
(Retirado de um folder do Museu da Cidade, com apenas uma pequena alteração numérica baseada no site do Museu)

As construções datam do século XVII ao XX. Cada casa tem sua particularidade histórica e arquitetônica, sendo, por isso, essencial sua preservação. A união entre história e arte é um dos motes buscados pelo Museu da Cidade, além do diálogo com a educação patrimonial, com a crítica e consequente construção, desconstrução e reconstrução de valores e ideias.

O atendimento é gratuito e, para informações mais detalhadas, é só consultar o site do Museu da Cidade de São Paulo.


Sarau em Casa

Christiane Duarte explica o que é o Sarau em Casa:

 “A ideia do Sarau em Casa surgiu com a saudade de estar entre os amigos e a família dentro de casa – sim, dentro de casa e não do shopping! Todos vivem tão imersos em seus compromissos que acabam soterrando aquele tempo em que poderiam estar juntos com outras pessoas compartilhando prosas, músicas e poesias.
Tive a oportunidade de presenciar saraus espontâneos quando morei no Rio Grande do Sul, onde as pessoas ainda dedicam uma parcela do dia para conversar e contar causos em rodas de chimarrão.
Quando retornei, comecei a trabalhar no Museu da Cidade de São Paulo – composto de exemplares arquitetônicos localizados em diversas regiões da cidade – e como boa parte dos exemplares são casas histórias, muitas delas pouco visitadas, uni o útil ao agradável: fazer um sarau “em casa” para reunir as pessoas e divulgar o patrimônio da cidade.



A primeira edição do Sarau em Casa ocorreu na Casa do Bandeirante, em 25 de agosto de 2012. Foi um início modesto, regado com o que se tornaria característico do sarau: a sensação de estarmos numa roda de amigos, na casa de uma simpática anfitriã, compartilhando inspirações poéticas e musicais. A espontaneidade é marca registrada do Sarau em Casa, diferenciando-se assim dos saraus que buscam a perfeição e rigidez acadêmica. É um estímulo para que pessoas mais reservadas sintam-se à vontade para declamar uma poesia ou apresentar um texto original, se assim quiserem.



A terceira edição do evento – e primeira de 2013 – foi realizada na Casa Modernista. Apesar da tarde chuvosa, um número significativo de participantes apareceu para declamar poesias originais e textos em prosa, mostrar trabalhos artísticos, compartilhar os poemas de seus escritores favoritos e deixar-se banhar pela atmosfera descontraída, potencializada pela excelente acústica do local.



Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, Fernando Pessoa (e seu heterônimo Álvaro de Campos), Vinícius de Moraes, Augusto dos Anjos, Álvares de Azevedo, William Blake e Eduardo Galeano foram alguns dos autores declamados, entre os diversos trabalhos originais, feitos por mentes talentosas.

Arte-poema da Monaliza Souza


As apresentações dos músicos Lars Josef Gardmo e Diego Muñoz foram, sem sombra de dúvida, pra lá de inspiradas. Com muito talento e letras incríveis, suas performances estão entre as que mais arrancaram aplausos dos participantes.

Diego Muñoz

Eu, figura normalmente tímida, embora tagarela em determinados momentos, me arrisquei a declamar dois poemas. O primeiro foi “Não se mate”, do Carlos Drummond de Andrade. Preciso trabalhá-lo melhor. O segundo, e minha melhor declamação até o momento, foi “Poema em Linha Reta”, de Álvaro de Campos, meu heterônimo preferido de Fernando Pessoa.

Foram três horas embaladas por tal ânimo, que todos se surpreenderam com o aviso de que já eram 17 horas e a casa encerrava suas atividades nesse horário. No ar, ficou a promessa de que as próximas edições do Sarau em Casa atrairão ainda mais apaixonados por poesia – e por uma tarde gostosa entre amigos.

Que venha o Centésimo Sarau em Casa!






OBS: Nenhuma das fotos dessa matéria me pertence. Créditos a todos os participantes do Sarau em Casa que fizeram registro fotográfico do(s) evento(s). Vocês são incríveis!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Resenha: Milagrário Pessoal – José Eduardo Agualusa


Milagrário Pessoal – José Eduardo Agualusa
Editora Língua Geral – Coleção Ponta de Lança, 2010.

Percebi recentemente que os livros que li nos últimos meses são de escritores que não conhecia. Muito se deve aos blogs e canais literários que acompanho (fiz um post sobre eles aqui). Outro tanto se deve a uma vontade minha de inovar minhas leituras. Este livro, especificamente, foi uma sugestão involuntária da Juliana Gervason que falou sobre ele em seu canal e me deixou curiosa para ler. Na verdade, fiquei curiosa para saber mais sobre o autor também.

José Eduardo Agualusa é um escritor angolano com uma série de livros publicados. Antes de assistir a canais literários, sequer tinha ouvido falar dele – ao contrário do que aconteceu com Mia Couto, como disse em minha resenha anterior. Uma pena, pois gostaria de tê-lo conhecido antes, assim já teria lido mais de seus trabalhos. Decidi iniciar minha entrada em seu universo literário por um livro que senti que dialogaria muito comigo, cujo título é Milagrário Pessoal.

Milagrário Pessoal conta a história de Iara, uma jovem linguista portuguesa que tem como ofício a catalogação de neologismos. A história tem início quando Iara descobre que uma série de novas palavras, todas elas tão necessárias que parecia impossível que elas não existissem anteriormente, estão sendo inseridas na língua – e que isso pode afetá-la profundamente. A linguista, então, passa a contar com o auxílio de um professor angolano, anarquista e de passado sombrio, para descobrir quem ou o quê iniciou as modificações na língua portuguesa.

Só por se tratar da história de uma linguista, o livro já havia me conquistado. Como estudante de Letras, tenho fascínio por línguas e um livro que possui referências à História da Língua Portuguesa é apelativo demais. Por ser uma pechincheira de mão cheia, fui procurar o livro na Estante Virtual. Encontrei-o por um ótimo preço e qualidade excelente; o livro chegou como novo. Fiquei ainda mais feliz por ser da Editora Língua Geral, editora mais que elogiada pela Juliana Gervason e pela Denise Mercedes. Desanimei-me porque a edição foi revisada segundo o chamado Novo Acordo Ortográfico. Não tive contato com outras edições, logo, não sei o que mudou, entretanto, as construções sintáticas são curiosas de observar, com ou sem alterações ortográficas (embora eu preferisse sem). Também são curiosas as aberturas de capítulo: há uma espécie de resumo do capítulo antes dele começar. Achei genial, pois dá um gostinho especial para a leitura.

Quanto à edição, só posso parabenizar a Língua Geral pelo excelente cuidado com seus livros. Encadernação com cadernos costurados, com uso de papeis de boa qualidade – tanto no miolo quanto na capa – e bom projeto gráfico. Algumas editoras poderiam aprender com esse exemplo e cuidar melhor de suas edições, mesmo e principalmente das edições de bolso ou “populares”.

Só uma coisa me incomodou no livro: não gostei do final. Não darei spoilers, pois acho isso uma maldade sem tamanho, mas senti que a narrativa perdeu o fôlego no final. Também não gostei das partes mais voltadas para o romance, pois as achei forçadas demais. São elementos que, infelizmente, tiram o título de livro excelente, mas Milagrário Pessoal é um ótimo livro. Recomendo a todos.

Um trecho do livro que me encantou foi quando Iara e o professor conversam e este propõe a escolha das suas dez palavras preferidas. Nessa escolha é a sonoridade da palavra que tem maior relevância, não necessariamente seu significado. Segue um trecho:


Assim como criamos as línguas, também as línguas nos criam a nós. Mesmo que não o façamos de forma deliberada, todos tendemos a selecionar palavras que utilizamos com maior frequência, e esse uso forma-nos ou deforma-nos, no corpo e no espírito.


Tentei listar minhas palavras preferidas, mas confesso que achei o exercício complexo por demais. São tantas palavras maravilhosas!




                        Alfarrabista                                                  Murmúrio
Laranja                                             Enrubescer                                                  Felino
                        Sinestesia                                                    Introspecção
Empatia                                           Questionamento                                          Coruja                

                                                   

Quais seriam as suas dez palavras preferidas?


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

TAG: Os três 5 de 2012




No meu primeiro post de 2013 responderei a tag criada pela Juliana Gervason, do blog O batom de Clarice. Ao ver o vídeo que ela fez e a resposta da Luara França, fiquei com vontade de responder também. Como ainda não me sinto confortável – nem tenho o equipamento, nem a habilidade – para fazer vídeos, responderei em texto mesmo. Já adianto que os livros não estão arrumados em ordem de importância, apenas selecionei cinco de cada e os coloquei na ordem que ficaram na pilha. Espero que gostem e, caso sintam vontade de responder, por favor, lembrem-se de dar os devidos créditos à Ju, ok?


As 5 compras mais estranhas

Está claro para mim que 2012 foi o ano em que mais comprei livros, logo, não foi tão difícil determinar quais foram as cinco compras mais estranhas. Difícil foi se restringir a apenas cinco idem para o próximo item:


Por que os homens amam as mulheres poderosas? – Sherry Argov

Compra recente, realizada em dezembro enquanto buscava no Sebo do Messias alguns livros que iria dar de presente. É sem dúvidas uma das compras mais estranhas do ano passado, pois não sou fã de autoajuda. Comprei porque achei o título tão engraçado que precisava lê-lo – e o preço estava bem baixo também. Após a aquisição não o abri mais do que uma vez, dei algumas risadas e agora ele figura entre meus demais livros. Talvez devesse tê-lo deixado no sebo, mas quem sabe ele não servirá quando eu estiver de baixo astral?


Eu fui Amelia Earhart – Jane Mendelsohn

Livro comprado naquelas cabines do Pague o Quanto Acha Que Vale, no metrô Barra Funda, no meio do caminho da faculdade para o trabalho. Vi o livro lá, gostei da capa, fiquei empolgada por falar da Amelia Earhart – só sabia quem era ela porque vi Uma Noite no Museu 2 (e a vergonha em admitir isso?) – e comprei. Paguei baratinho e nem abri o livro. Desanimei após ver uma porrada de críticas negativas, inclusive no Skoob. Mas a capa é muito linda!


Requiem para o navegador solitário – Luís Cardoso

Esse livro só figura entre minhas compras estranhas porque ele foi comprado por engano. Quando o vi, pensei que estava escrito “Lúcio”, não “Luís”. Como nada sabia do Lúcio Cardoso, imaginei que havia encontrado algum livro dele por uma pechincha e só descobri que não era uma semana depois. Não faz mal, pois descobri que o Luís Cardoso é um escritor timorense, logo, ampliarei mais meu repertório de Literatura Lusófona. Fora que é da Editora Língua Geral, então o livro é lindíssimo – e assim meus leitores começarão a achar que sou fútil e compro livros por causa da capa.


O Livro de Ouro da Música – Otto Maria Carpeaux

Adquiri esse livro porque ia presentear alguém especial com ele. Como queria saber um pouco mais sobre música – sou uma completa leiga; não tenho voz pra cantar e ainda não desenvolvi coordenação motora pra tocar nem campainha – acabei unindo o útil ao agradável e comprei um exemplar pra mim também. Espero algum dia me animar pra lê-lo...


101 lugares para fazer sexo antes de morrer – Marsha Normandy e Joseph St.James

Vi esse livro exposto numa livraria em 2011 e o achei muito, muito curioso. Folheei-o por lá mesmo e gargalhei com a seleção de lugares – sério que existem pessoas que fantasiam em transar em uma montanha-russa ou em um zoológico? Segundo os autores do livro, sim! Encontrei-o no site do Sebo do Messias e não resisti à oportunidade de tê-lo pra mim. Agora, e a coragem pra testar os lugares do livro? Melhor, e a coragem de escrever no livro?
(Ainda crio um post sobre minhas manias literárias, aguardem!)



As 5 melhores compras

Restringir minhas aquisições de 2012 a apenas cinco melhores foi uma tarefa hercúlea. Não duvido nada que, se eu fizesse a lista alguns dias mais tarde, mudaria alguns títulos. Fiz excelentes compras ano passado! Até mesmo as compras estranhas não as considero ruins. Bom, chega de blábláblá e vamos à lista:


Nova Antologia do Conto Russo (1792-1998) – Bruno Barretto Gomide (org.)

Compra linda feita na Estante Virtual, por apenas R$40,00 (mais o frete, que não lembro quanto deu). Novinho, com cara de que nunca foi aberto e aquele cheiro de papel fresquinho. Sem dúvida uma das melhores compras de 2012! Já estava namorando esse livro há algum tempo, principalmente após a Bienal do Livro – por sinal, que descontos mixurucas rolaram lá na Bienal, né? Eu, pechincheira que sou, não curti.


Os cem melhores poemas do século – Italo Moriconi (seleção)

Encontrei esse livro e as Cem melhores crônicas brasileiras por um preço maravilhoso, novamente no Sebo do Messias. Apesar de o estado de conservação não estar excelente, considero essa uma das minhas melhores compras porque o livro veio repleto de anotações da dona anterior! Pelo que parece ela era professora, logo, há diversas observações e até exercícios para as classes que ela lecionava. Minha leitura será ainda mais rica, graças a essa querida desconhecida. Cuidarei de seu antigo livro com todo carinho do mundo!


Livro das Mil e Uma Noites (vols 1-3) – Mamede Mustafa Jarouche (tradução)

Sim, aqui eu meio que “roubei”, pois são três livros, não um, entretanto, os considero como uma obra só. Essa é uma das compras que mais me orgulho, principalmente porque eu aproveitei um dia aleatório que a Livraria Cultura fez diversos livros com 50% de desconto e comprei logo os três de uma vez. Simplesmente lindos! Preciso criar vergonha na cara e lê-los logo. Vi recentemente que o volume 4 – e último – já está à venda. Se algum de meus leitores quiser me presentear com ele, ficarei eternamente grata e nas nuvens.


Anna Kariênina – Liev Tolstói

Nem preciso dizer que quase tive um troço quando descobri o Cosac Day, né? Dentre as maravilhosas aquisições feitas nesse dia mágico em que os livros da CosacNaify são vendidos com 50% de desconto, a que mais me orgulho é essa obra-prima do Tolstói. Vivo aquele momento que Clarice Lispector definiu tão bem no conto Felicidade Clandestina sempre que descubro meu exemplar de Anna Kariênina nas prateleiras do meu arremedo de estante. A Cosac poderia fazer mais dias com desconto de 50% em seu acervo, não?


O Livro da Filosofia – Vários Colaboradores

Considero esse livro uma das minhas cinco melhores compras porque, confesso, não sei quase nada de filosofia. Não tive aulas na minha época de Ensino Médio e gostaria de saber mais. Imagino que diversas pessoas formadas – ou formandas – em Filosofia hão de condenar minha escolha, mas a acho excelente. Outra compra efetuada pela metade do preço no site da Livraria Cultura, que me auxiliará muito ainda.



As 5 melhores leituras

Ok, não sou uma pessoa muito decidida. Demorei um tempo para eleger as cinco melhores leituras de 2012, pois precisei pensar em quais critérios utilizaria para a escolha dos títulos. O critério que julguei mais importante foi se o livro ficou muito tempo comigo após a leitura, ou seja, se ele me envolveu ao ponto de não ter acabado quando conclui a leitura. Espero que gostem da seleção:


A Revolução dos Bichos e 1984 – George Orwell

Acho que “roubei” aqui também, não é? Não conseguia me decidir entre os dois, logo, decidi colocá-los juntos. 1984 foi o primeiro livro com a temática de distopia e de crítica à sociedade que li. Levei pouco tempo para ler, pois fui sugada para dentro da história de tal forma que não sabia se me angustiava mais em ler ou em não ler. É um livro perturbador. Recomendo mil vezes. Já A Revolução dos Bichos foi o último livro que li em 2012 com essa temática, então, já estava mais preparada para o que encontraria. Genial! Esse livro é genial! Gostei mais dele do que de 1984, pois ele é preciso e arrepiante. Leiam, isso é tudo que tenho a dizer para vocês.


Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley

Comecei a leitura meio receosa, pois me lembro de ter lido em algum lugar que muitas coisas nesse livro se tornaram realidade, embora de maneira diferente da imaginada pelo autor. Sim, percebi muitos valores da nossa sociedade do início do século XXI impressos nesse livro, escrito na primeira metade do século XX. Ele conseguiu me perturbar mais do que 1984, embora em ambos haja pontos que eu não consegui engolir – seja porque não concordo, seja porque achei que os autores deveriam ter maior cuidado com certas partes, seja porque achei entediante e ponto. Passei semanas carregando esse livro dentro de mim! Desconfio que carregarei para sempre. Minha visão de mundo mudou bastante depois da leitura dos três livros aqui citados.


Sou dona da minha alma: O Segredo de Virgínia Woolf – Nadia Fusini

Titubeei algumas vezes antes de acrescentar esse título à minha lista. Por quê? Bom, pretendo fazer uma resenha sobre ele em breve, mas adianto que, em alguns pontos, essa biografia da Virginia Woolf deixou a desejar. Esse foi o motivo que me fez pensar duas vezes antes de colocar o livro aqui. Por que o coloquei? Simples resposta, caro leitor: porque esse livro me fez sentir inúmeras vezes como se eu fosse a própria Virginia Woolf. Passei por momentos de agonia, de tristeza e de pura empatia no decorrer da leitura. Havia momentos em que fechava o livro e olhava para o nada, com a sensação incômoda e esquisita de que, se existem vidas passadas, eu devo ter sido Virginia Woolf. Só Clarice Lispector me havia feito sentir semelhante conexão. Essa sensação de ser uma outsider, de mergulhar profundamente dentro da própria alma e ter receio de descobrir tudo que há ali, o eterno questionamento da existência, tudo isso dialoga demais comigo. Esse livro me fez conhecer um pouco Virginia Woolf e me fez conhecer bem mais a mim mesma. Não haveria como não acrescentá-lo às minhas cinco melhores leituras.


O dia em que te esqueci – Margarida Rebelo Pinto

Pensei em colocá-lo também na lista de melhores compras, pelos motivos explicados na minha resenha sobre o livro. Entretanto, para não repetir títulos – e não tirar o lugar de tantas outras compras incríveis que fiz – me contentei em listá-lo nas minhas melhores leituras. Não repetirei o que está na resenha para não cansar os leitores mais assíduos do blog. Apenas direi que não conhecia a autora, comprei o livro sem grandes pretensões e me surpreendi da melhor forma possível. Foi outro livro que me acompanhou após a leitura e me ajudou a me conhecer melhor.


No Mundo dos Livros – José Mindlin

Como não colocar um livro sobre livros no top 5 de leituras de 2012 se eu li tantos títulos com essa temática? Tudo começou por causa desse livro fininho, escrito pelo maravilhoso bibliófilo José Mindlin. Devoramos o livro com a voracidade de uma boa conversa que nunca parece durar o tempo que dura, pois vinte e quatro horas não são suficientes quando o assunto em pauta é a paixão pelos livros. Descobri o livro por causa de um post sobre José Mindlin no site O Vendedor de Livros e ele foi o primeiro de diversos títulos que eu pretendo adquirir. Afinal, tem coisa mais gostosa do que descobrir relatos de pessoas que têm a mesma paixão que você?