sexta-feira, 31 de maio de 2013

A Descoberta do Mundo #5


Começarei a quinta edição da Descoberta do Mundo com seis livros que foram adquiridos no mês de abril, mas que esqueci de acrescentar à lista por algum motivo. Logo após voltamos com a programação normal.
Compras (de abril):

Os Irmãos Karamázov (Dois volumes) – Fiódor Dostoiévski. Editora 34.
Compra feita num surto, porque no Submarino o box estava por menos da metade do preço. Sim, Dostoiévski por menos da metade do preço! Como resistir a uma coisa dessas, hein? Fora um leve amassado na caixa, o produto veio direitinho
Dostoiévski: Correspondências 1838-1880 – Fiódor Dostoiévski. Editora 8Inverso.
Ainda extasiada pela compra do título acima, fui dar uma olhada no Sebo do Messias e eis que encontro essa belezinha abandonada, pedindo por amor e por uma estante quentinha. Pra vocês terem uma ideia, o livro está com cheiro de novo! E a edição é um primor: capa dura com uma jacket em papel de gramatura excelente. Não conhecia a editora; agora quero conhecer outros títulos dela.
Diário da tua ausência – Margarida Rebelo Pinto. Oficina do Livro.
Desde que li O dia em que te esqueci tenho ensaiado ler mais coisas da autora. Quase comprei esse livro duas vezes, mas desisti no último minuto. Na terceira vez, novamente no Sebo do Messias, encontro o livro na edição portuguesa, quase gêmeo do meu exemplar de O dia em que te esqueci. Levei-o comigo!

O Mundo Assombrado pelos Demônios – Carl Sagan. Companhia das Letras.
Tenho um amigo que fala com muito carinho desse homem. Por causa desse amigo, já tenho Dawkins e Hitchens na minha biblioteca particular. O preço do livro, no sebo já citado nas duas compras acima, estava mais em conta do que a edição de bolso nova... É meu.
O Senhor dos Ladrões – Cornelia Funke. Companhia das Letras.
Momo e o Senhor do Tempo – Michael Ende. Editora Martins Fontes.
Não, eu ainda não terminei a leitura da trilogia Mundo de Tinta, até o momento só li Coração de Tinta, mas ainda assim eu quis mais um livro da autora. Com o senhor Ende foi a mesma coisa: só li A História Sem Fim, mas quero mais coisas escritas por ele.
Esse foi o estrago do mês. Só faltou o "1822" na foto.
E eu, que imaginava que passaria um mês tranquilo, sem compras, me deparo com algumas promoções imperdíveis. No final do mês, o Walmart me fez o favor de pôr toda sua loja de livros por R$9,90! O que fazer num caso desses? Bibliomaníaca à solta! Agora é esconder o cartão e ignorar todas as promoções que surgirem pelo próximo semestre, pois o estrago já foi feito.

Compras:

Almanaque Machado de Assis – Luiz Antonio Aguiar. Record.
Desejo esse livro desde a vez em que encontrei por acaso um colega meu de faculdade no sebo porque ele fora retirar um livro que deixara reservado. Assim que vi o livro me apaixonei. Após algumas quase-tentativas de compra e um longo período de esquecimento, eis que encontro um exemplar por apenas vinte reais em um sebo próximo ao local que faço meu curso de encadernação. Não é todo dia que encontramos um livro desses por menos da metade do preço, não é?

Cecília de Bolso: uma antologia poética – Cecília Meireles. L&PM Pocket.
Namorava esse livro há um tempão. Aproveitei um dia aleatório em que estava adiantada para um compromisso para ir matar tempo na livraria. Encontrei esse exemplar, folheei e não resisti mais. Agora Cecília será recepcionada pelo Pessoa, pela Florbela, pelo Quintana e pelo Rimbaud na minha estante de livros de poesia da L&PM Pocket.
Promoção do Walmart:

Os Lobos Dentro das Paredes – Neil Gaiman e Dave McKean. Rocco.
Sou suspeitíssima pra falar de Neil Gaiman, pois suspiro por esse homem e seus escritos. Curto demais o traço do McKean desde que li Coraline, sei que os dois juntos só fazem coisa boa, logo, não tinha como não desejar esse livro.

O Delírio: Capítulo VII de Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis e Marilda Castanha. Companhia das Letras.
Adquiri esse livro porque vê-lo me deixa um pouquinho nostálgica. Trabalhei em uma exposição no Sesc Belenzinho sobre livros ilustrados em 2011 e, entre os títulos e autores escolhidos, havia esse incrível trabalho da Marilda Castanha. Amava ver as ilustrações originais desse livro. Há outros títulos dessa exposição na minha Lista de Desejos. Quem sabe, não é?

Alice e Ulisses – Ana Maria Machado. Alfaguara.
O desejo de ter esse livro veio meio do nada. Acho que o vi em promoção na Fnac, fiquei curiosa mas não o comprei. Aí me deparei com a matadora promoção do Walmart e foi tentação demais para uma pobre bibliomaníaca como eu. O tema e o nome dos personagens me chamaram demais a atenção.

A Arte de Contar Histórias – Nancy Mellon. Rocco.
Letramento Literário: teoria e prática – Rildo Cosson. Contexto.
Dois livros que comprei pra ampliar meu acervo de teorias relacionadas à minha área de formação. Foram duas aquisições feitas no escuro, porém ambas me pareceram interessantíssimas.

O Corvo e suas traduções – Ivo Barroso (org.). Leya.
The Raven, de Edgar Allan Poe é um dos meus poemas preferidos. Devido à disciplina de Literatura Norte-Americana que cursei esse semestre na faculdade, fiquei ainda mais apaixonada pela poesia de Poe. Curiosa para conhecer outras traduções de O Corvo, além das feitas por Machado de Assis e Fernando Pessoa, comprei essa pequena belezinha.

Clarice Lispector: uma literatura pensante – Evando Nascimento. Civilização Brasileira.
Entrevistas – Clarice Lispector. Rocco.
Minhas Queridas – Clarice Lispector. Rocco.
Livros da Clarice e sobre a Clarice nunca são demais na minha estante. Como cada um deles estava por apenas dez reais, sei que foram excelentes aquisições.
O Poder dos Aniversários: Leão – Saffi Crawford & Geraldine Sullivan. Prestígio Editorial.
Sim, eu gosto de Astrologia. Minha descrição do perfil já deixa isso claro, não? Sou uma curiosa no assunto e já estava interessada em conhecer o conteúdo desse livro faz um tempão. Aproveitei o preço baixo para descobrir exatamente do que se trata. Me julguem.

Virginia Woolf: biografia – Alexandra Lemasson. L&PM Pocket.
Como muitas das minhas aquisições, já estava de olho nesse livro há algum tempo. Sou uma entusiasta da coleção Pocket da L&PM e a série de biografias sempre me deixa curiosa. Agora Virginia fará companhia a Rimbaud, Oscar Wilde, Leonardo Da Vinci e Michelangelo. Que arranjo mais lindo!

1822: Edição Especial Ilustrada – Laurentino Gomes. Nova Fronteira.
Comprei esse livro para a minha mãe. Ela já tinha o 1808 (em edição econômica) e, como sei que ela gosta de livros que tratem da história do país, especialmente se ele for ilustrado, decidi fazer esse agradinho. Preciso dizer: que edição mais bonita! Capa dura, várias ilustrações coloridas, papel de qualidade e, o melhor, um preço sensacional. Minha mãe ficou feliz e eu fiquei ainda mais por vê-la feliz.
Capitu Sou Eu – Dalton Trevisan. Record.
Capitu: Memórias Póstumas – Domício Proença Filho. Record.
Capitu – Paulo Emílio Sales Comes e Lygia Fagundes Telles. CosacNaify.
Sim, um combo de Capitu (embora o livro do Trevisan só tenha um conto com esse nome)! Não é lindo? Todos eles na promoção deliciosa do Walmart. Estou exultante de ter conseguido os três, mas o ganhador com certeza é o livro da CosacNaify, pois o preço estava muuuuito abaixo do preço de capa. Um achado! Não sei se vou gostar desse roteiro; só a leitura poderá me dizer.

Lidos:

As Horas – Michael Cunningham. Companhia das Letras.
Prometi a mim mesma que concluiria a leitura ainda em maio e cumpri lindamente! Já iniciei um rascunho de resenha. Vejamos se conseguirei escrever. Só adianto que conclui a leitura do livro com a mesma sensação de desalento que o filme me causou. Ah, e que, apesar de me conectar de certa forma com as três personagens principais, cada uma a seu modo, o que mais fez meu coração doer foi o Richard. Não sei que reconhecimento estranho foi esse, mas havia passagens em que eu ficava literalmente sem ar por causa desse homem! Por culpa desse livro não consegui mais me concentrar em nenhuma leitura maior durante o mês inteiro!
O Conto da Ilha Desconhecida – José Saramago. Companhia das Letras.
Leitura feita logo após a conclusão de As Horas. Ainda estava numa espécie de ressaca literária e precisava urgentemente de algo que me reerguesse. Li antes de dormir e meu peito ficou mais leve. Foi o primeiro livro do Saramago que li – ok, ele tem apenas 64 páginas, mas é um livro do mesmo jeito – e gostei bastante. Acompanhei os diálogos com facilidade. Será então que estou pronta pra tentar algo de mais fôlego?

Pra Ser Sincero: 123 variações sobre um mesmo tema – Humberto Gessinger. Belas Letras.
Gosto muito do que o senhor Humberto Gessinger escreve. Nesse livro ele narra alguns momentos da banda Engenheiros do Hawaii em seus anos de estrada. Gostei do livro, porém gostei muito mais do Nas Entrelinhas do Horizonte. Talvez a escrita dele estivesse mais livre, visto que foi o último livro que ele publicou até então. Não sei dizer, mas quem é fã da banda vai curtir.

Alice e Ulisses – Ana Maria Machado. Alfaguara.
Li esse livro em uma sentada! Além de ser curtinho – o livro não chega a ter cem páginas – algo na história desses dois personagens se comunicou comigo de uma forma que ainda não entendi completamente. Terminei a leitura sem saber se o que sentia era bom ou ruim, mas com a intuição de que eu gostei da história e de que precisava “ouvir” esse algo que ela tinha pra me comunicar.

Os Lobos Dentro das Paredes – Neil Gaiman e Dave McKean. Rocco.
Outro livro lido rapidinho, antes de ir dormir. Adoro os livros infanto-juvenis do Neil Gaiman e as ilustrações do Dave McKean são sempre incríveis, embora já tenha confessado meu amor incondicional ao traço etéreo de Charles Vess. Mal vejo a hora de ler esse livro pro meu irmãozinho. Será que ele vai gostar?


Lendo:


E se Obama fosse africano? – Mia Couto. Companhia das Letras. (Leitura no Kindle)
Comecei a ler esse livro por culpa do senhor Raphael Pellegrini, do canal Capitu Já Leu?, que me informou que os ensaios do Mia Couto são fantásticos. E são mesmo. Estou adorando a maneira que ele tem de abordar os mais diversos assuntos, sem ser prolixo e academicista como tantos outros intelectuais que vemos por aí. Bom demais!


A Bagagem do Viajante – José Saramago. Companhia das Letras.
Estou lendo esse livro aos pouquinhos e amando cada pedacinho lido. Iniciei a leitura em uma das minhas perambulagens de ônibus pela cidade e ele se tornou meu companheiro de mochila. Desconfio que demorarei a lê-lo inteiro, mas não tenho pressa. Degustar a leitura é muito prazeroso.

Abandonos:

Tess of the D'Ubervilles – Thomas Hardy. Penguin.
Não foi exatamente um abandono. Precisava ler esse livro para uma disciplina da faculdade, mas não consegui dar conta. Como era um livro da biblioteca e já quase esqueci de renovar o prazo (logo, quase paguei multa), decidi não continuar a leitura. Além do mais, vi a série da BBC e consegui desenvolver muito bem os pontos explorados por Thomas Hardy em sua obra. Quero lê-lo por inteiro, mas gostaria de adquirir o exemplar. Quem sabe...

A Ilustre Casa de Ramires – Eça de Queirós. L&PM.
Acho que posso considerar esse um abandono. Também era uma leitura para a faculdade, mas admito: não consegui dar conta. Passei pelos pontos principais, fiz uma “leitura dinâmica” em vários pontos, pulei uma série de páginas e relatos, mas o livro não me prendeu. Desculpe, senhor Eça, mas acho que não estou preparada para lê-lo ainda. Ou não estou preparada para ler suas últimas obras, não sei.

Sugestões? Críticas? Agradecimentos? Ideias? Desabafos? Por favor, deixem nos comentários. Não se esqueçam também de conferir a fanpage do blog!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Resenha: Se um viajante numa noite de inverno – Italo Calvino

Se um viajante numa noite de inverno – Italo Calvino
Companhia das Letras, 2001 (publicado originalmente em 1979).


Creio que essa seja a resenha mais difícil que farei para este blog. Mais pra frente eu explicarei o porquê. Antes, preciso contar sobre a saga que enfrentei para ler o livro.

Eu o adquiri em 2011, após um dos meus professores de Literatura da faculdade falar maravilhas de sua estrutura narrativa. Creio que ele traçou um comparativo entre a estrutura de narrativa-moldura presente na obra do Calvino e na grande obra das Mil e Uma Noites, porém minha memória é falha. Encontrei o livro em um sebo perto de casa, numa edição meio feiosa – gosto da capa mais recente – e mergulhei de cabeça na leitura, mas, sei lá por qual motivo, não consegui passar da página 82. Deixei o livro em stand-by, como disse anteriormente que faço. Ele me pediu uma segunda chance em junho de 2012. Tentei ler de onde parara, mas não recordava da história. Decidida, recomecei tudo. Adivinhem, caros leitores, o que aconteceu?

Se vocês responderam que eu empaquei novamente na página 82, acertaram! E mais uma vez o livro ficou em stand-by...

Apenas em janeiro deste ano o livro me chamou pela terceira e última vez. Para não correr o risco de cair no buraco da página 82 outra vez, segui a leitura de onde parara. Em aproximadamente uma semana eu finalmente concluí a leitura. Compartilho essa história não somente porque ela é tragicômica, mas também para ilustrar que eu às vezes retomo leituras, mesmo que elas estejam há anos em stand-by, desde que os livros me chamem de novo.

Por que digo que essa é possivelmente a resenha mais difícil que farei? Porque não vejo meios de falar sobre o livro sem dar algum tipo de spoiler! Entretanto, não posso privá-los de conhecer ao menos um pouco desse livro fantástico. Por isso, alerto-os desde já, caros leitores: é possível que escape um ou outro spoiler sobre o livro; nada que comprometa a leitura, mas se você deseja jogar de cabeça na leitura sem maiores informações, por favor, fique à vontade. Já deixo minha recomendação aqui registrada e boa sorte! Já aqueles que não temem o vento e os spoilers de pequena monta – e confiam em meu discernimento – sintam-se convidados a ler os parágrafos adiante.

Se um viajante numa noite de inverno possui, conforme dito no início da resenha, estrutura comparável à forma que as histórias das Mil e Uma Noites foram estruturadas, ou seja, com histórias que se interligam. O livro começa com a ida do Leitor – sim, esse é o nome pelo qual conhecemos o personagem – à livraria para comprar o mais novo romance de Italo Calvino, que se chama Se um viajante numa noite de inverno. Ao começar a ler, entretanto, ele se depara com trechos de outra história encadernados no suposto livro de Calvino. Decidido a trocar seu exemplar por um sem defeitos, o Leitor entra em diversas tramas e narrativas que o levarão para rumos bem distantes da sua intenção original.

Isso é o mais próximo que consigo chegar de uma sinopse do livro sem estragar a surpresa de nenhum leitor. Para maiores detalhes, só lendo mesmo.


Essa é a capa. Feiosa, não?
A tradução foi feita por Nilson Moulin e não tenho do que me queixar. A Companhia das Letras costuma escolher bem seus tradutores e a leitura flui naturalmente, como esperamos que uma tradução bem-feita flua – novamente, deixo claro que falo aqui como uma leiga nos assuntos tradutórios. Caso você discorde de mim, sinta-se à vontade para deixar sua opinião e os devidos argumentos nos comentários. Minha edição é aquela com a sobrecapa roxa, igual na foto acima, e a capa num tom feioso de bege (confira na foto ao lado). Como foi um exemplar adquirido em sebo, está meio velhinho, mas os cadernos estão todos costurados e o papel é de boa qualidade (o famoso papel pólen, amarelado). Geralmente a Companhia das Letras também costuma tratar bem de suas edições, embora tenha criticado a desatenção que eles tiveram com alguns livros do Mia Couto.

Deixo abaixo um trecho do livro, apenas para abrir o apetite de quem ficou interessado. Não contém spoilers e quem é amante dos livros vai gostar, eu garanto.

Pois então você leu num jornal que foi lançado Se um viajante numa noite de inverno, o novo livro de Italo Calvino, que não publicava nada havia vários anos. Passou por uma livraria e comprou o volume. Fez bem.

Já logo na vitrine da livraria, identificou a capa com o título que procurava. Seguindo essa pista visual, você abriu caminho na loja, através da densa barreira dos Livros Que Você Não Leu que, das mesas e prateleiras, olham-no de esguelha tentando intimidá-lo. Mas você sabe que não deve deixar-se impressionar, pois estão distribuídos por hectares e hectares os Livros Cuja Leitura É Dispensável, os Livros Para Outros Usos Que Não A Leitura, os Livros Já Lidos Sem Que Seja Necessário Abri-los, pertencentes que são à categoria dos Livros Já Lidos Antes Mesmo Antes De Terem Sido Escritos. Assim, após você ter superado a primeira linha de defesas, eis que cai sobre sua pessoa a infantaria dos Livros Que, Se Você Tivesse Mais Vidas Pra Viver, Certamente Leria De Boa Vontade, Mas Infelizmente Os Dias Que Lhe Restam Para Viver Não São Tantos Assim. Com movimentos rápidos, você os deixa para trás e atravessa as falanges dos Livros Que Tem A Intenção De Ler Mas Antes Deve Ler Outros Livros, dos Livros Demasiado Caros Que Podem Esperar Para Ser Comprados Quando Forem Revendidos Pela Metade Do Preço, dos Livros Idem Quando Forem Reeditados Em Edições De Bolso, dos Livros Que Poderia Pedir Emprestados A Alguém, dos Livros Que Todo Mundo Leu E É Como Se Você Também Os Tivesse Lido. Esquivando-se de tais assaltos, você alcança as torres do fortim, onde ainda resistem

os Livros Que Há Tempos Você Pretende Ler,

os Livros Que Procurou Durante Vários Anos Sem Ter Encontrado,

os Livros Que Dizem Respeito A Algo Que O Ocupa Neste Momento,

os Livros Que Deseja Adquirir Para Ter Por Perto Em Qualquer Circunstância,

os Livros Que Gostaria De Separar Para Ler Neste Verão,

os Livros Que Lhe Faltam Para Colocar Ao Lado De Outros Em Sua Estante,

os Livros Que De Repente Lhe Inspiram Uma Curiosidade Frenética E Não Claramente Justificada.

Bom, foi enfim possível reduzir o número ilimitado de forças em campo a um conjunto certamente muito grande, conquanto calculável num número finito, embora esse alívio relativo seja solapado pelas emboscadas dos Livros Que Você Leu Há Muito Tempo E Que Já Seria A Hora De Reler e dos Livros Que Sempre Fingiu Ter Lido E Que Já Seria A Hora De Decidir-se A Lê-los Realmente.

Você se livra com rápidos ziguezagues e, de um salto, penetra na cidadela das Novidades Em Que O Autor Ou O Tema São Atraentes. Uma vez no interior dessa fortaleza, pode abrir brechas entre as fileiras de defensores e dividi-los em Novidades De Autores Ou Temas Já Conhecidos (por você ou por todos) e Novidades De Autores Ou Temas Completamente Desconhecidos (ao menos por você) e definir a atração que eles exercem sobre você(...).

Tudo isso para dizer que (…) você se dirigiu a uma pilha de exemplares recém-impressos de Se um viajante numa noite de inverno, pegou um e o levou ao caixa para ver reconhecido o seu direito de possuí-lo.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Igreja do Livro Transformador


A Igreja do Livro Transformador foi idealizada pelo escritor Luiz Ruffato como uma espécie de brincadeira. A ideia era colher depoimentos de pessoas falando sobre leituras que transformaram suas vidas. O uso da palavra “igreja” remete ao sentido de “união” ou reunião de pessoas que compartilham uma mesma ideia. O intuito de reunir diferentes testemunhos é mostrar como os livros podem mudar a vida das pessoas e incentivar a prática de leitura.


História como leitora

Para não ficar me repetindo, resumirei a minha história como leitora. Quem tiver interesse em saber mais, respondi no final do ano passado uma tag criada pelo canal Estante do Leo falando sobre como minha paixão por livros começou. É só conferir aqui.

Sou uma apaixonada por palavras desde que me entendo por gente. Gostava de copiar as letras e de mexer na estante em que meus pais guardavam os poucos livros que tinham. Sempre os vi com livros na mão. Lembro até da capa sóbria de um livro do Machado de Assis que minha mãe sempre mantinha por perto. Não tive livros infantis, provavelmente porque eles já eram caros e meus pais não tinham como bancá-los, e não recordo dos meus pais me contando histórias, mas cresci lendo gibis da Turma da Mônica, assistindo a TV Cultura e pegando livros emprestados na Sala de Leitura da escola, até finalmente ter os meus próprios livros.


Livros que me transformaram

Adianto que não foi fácil selecionar os livros que me transformaram porque acredito que toda leitura te modifica um pouco, logo, é muito impreciso qualquer critério que você utilize para separar as experiências em mais ou menos relevantes. Em qualquer outro momento, seja passado ou futuro, essa seleção poderia ser diferente. Ah, e me reservo o direito de discordar dos títulos escolhidos poucas semanas depois de publicar esse post.

Harry Potter e a Câmara Secreta – J.K.Rowling.
Seria desonesta comigo mesma se não iniciasse a lista com esse livro. Foi o primeiro da série que li (peguei emprestado do meu primo, anos atrás) e ele foi o responsável pela minha completa paixão e devoção à Harry Potter nos anos seguintes. Também foi ele o responsável pelo desejo de ler séries e de comprar livros. Foi um marco na minha (pré) adolescência e no meu desenvolvimento como leitora.

O Vampiro Lestat – Anne Rice.
Esse livro transformou a maneira que eu escrevo. Na época em que ele veio parar em minhas mãos eu escrevia fanfictions (todo mundo tem seu passado obscuro, não é?) e a narrativa da dona Anne Rice me fez compreender melhor a estruturação de texto e a criação de personagens. Foi o período em que escrevi com mais liberdade. Sinto muita falta disso.

Orgulho & Preconceito – Jane Austen.
O título aqui representa toda a bibliografia da autora. Jane Austen também me ajudou na construção de personagens, porém de uma forma diversa. Compreendi que não é preciso fazer grandes descrições físicas para criar um personagem verossímil, pois são as descrições de sua personalidade, de suas ações e de seus discursos que realmente o sustentarão. Também foi o primeiro livro que reli a cada tradução que me caiu em mãos (comecei com a terrível tradução da Martin Claret, depois fui para a do Lúcio Cardoso na edição de capa de tecido da Abril e finalmente para a da Celina Portocarrero para a L&PM).

Dead Poets Society – N.H.Kleinbaum
Quando houver a Igreja do Filme Transformador, eu com toda certeza farei um testemunho falando do filme Sociedade dos Poetas Mortos. É daqueles filmes que eu assisto quinhentas vezes sem enjoar nunca, porque sempre tenho uma reflexão nova a fazer sobre ele. Amo profundamente os personagens principais, especialmente o Todd, porque me identifico com ele a tal ponto que dói. Infelizmente o livro, escrito com base nos roteiros do filme, não é tão impactante quanto o filme, porém ele me transformou porque foi o primeiro livro em inglês que li. Antes dele eu lera apenas versões adaptadas, pois estava começando meus estudos na língua. Senti-me vitoriosa em conseguir ler algo em língua estrangeira, na íntegra, com apenas dois anos de estudo.

Felicidade Clandestina – Clarice Lispector.
Foi o conto de mesmo nome que me abriu o universo literário de Clarice Lispector. A delicadeza de suas palavras, o constante sentir do mundo e, claro, a paixão da personagem desse conto pelo livro foram argumentos mais que suficientes para me arrebatar. Desde então eu nunca mais fui a mesma. Esse livro também representa todos os outros da autora que já tive o prazer de ler.

Clarice, – Benjamin Moser.
Livro que me despertou o interesse nas biografias. Lembro de tê-lo lido num fôlego só, no primeiro ano da faculdade, por mera curiosidade, e de nunca ter me emocionado tanto com a vida de um autor. Apaixonei-me pela escritora para depois me apaixonar por sua obra.

Passeando com o Rei dos Sonhos: conversas com Neil Gaiman e seus colaboradores – Joseph McCabe.
Selecionei esse livro porque foi por “culpa” dele que eu quis ler mais coisas do Neil Gaiman, especialmente Sandman. Tanto o escritor quanto seus colaboradores falavam com tamanho afeto da série e dos desafios que eles enfrentaram até que Sandman se tornasse o sucesso que é, que não havia como não sentir o desejo de ler os quadrinhos. O livro também foi minha iniciação no universo das Histórias em Quadrinhos, pois eu cresci como uma ávida consumidora de mangás, então eu nada sabia desse universo colorizado de heróis e anti-heróis.

1984 – George Orwell.
Representante de todas as distopias que li, por ter sido o primeiro e um dos mais angustiantes. A ele preciso acrescentar A Revolução dos Bichos, também de George Orwell, e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, entre outros que também foram representativos, mas não tão impactantes. Esses três livros foram de fato transformadores. Minha visão de mundo mudou e meu senso crítico se tornou mais apurado por causa deles. Fiquei chocada em notar o quão atuais eram as questões ali apontadas. Todos deveriam ler esses livros, para que a nossa realidade se distanciasse cada vez mais das profecias (cada vez mais concretas e acertadas) desses autores.

No mundo dos livros – José Mindlin.
Mais um que representa toda uma série de livros lidos. No caso, esse trata de todos os livros que narram a paixão pelo objeto livro. Foi por causa do senhor Mindlin e da sua loucura mansa que eu finalmente soube que amo os livros e que quero estar profissionalmente envolvida com eles de alguma forma. Esse livro reacendeu a minha vontade de, no futuro, fazer Biblioteconomia e de fazer cursos que me permitam conservar, restaurar e aprender a mexer nos livros.

O fio das missangas – Mia Couto.
Descobrir que há excelentes escritores em língua portuguesa fora do eixo Brasil-Portugal foi delicioso. Mia Couto abriu a porta para que outros escritores de Literatura Lusófona entrassem em minha vida e se acomodassem em minhas estantes. Adoraria ter ao menos um exemplar de cada comunidade falante do português, embora saiba que vários países ainda não têm uma literatura consolidada na língua portuguesa. Quero descobrir mais dessas diferentes visões de mundo unidas por uma língua comum (e por suas enriquecedoras diferenças).

Dom Casmurro – Machado de Assis.
Para encerrar a lista, selecionei um livro que representa o maravilhoso dom da releitura. A primeira vez que li Dom Casmurro eu era imatura demais para compreender a complexidade da narrativa. Lembro-me de ter detestado. Os anos passaram, a faculdade e as leituras ampliaram minha capacidade como leitora, e eis que finalmente criei coragem de reler um dos livros mais polêmicos do senhor Joaquim Maria Machado de Assis. Foi amor à segunda leitura. Mergulhei no texto com ânimo e saí dele com uma visão completamente diferente da que tive em minha adolescência. Sei que ele faz parte dos livros que nos trarão pontos de vista diferentes a cada leitura. Indignei-me com o senhor Bento Santiago e caí de amores por Capitu e sua força como mulher em pleno século XIX. Escreveria uma tese sobre o livro se já não houvessem tantas por aí. Figura com toda certeza na minha lista de livros para a vida.


Se ficaram curiosos com o projeto, visitem o site ou o canal do YouTube para saber mais. Depois, curtam a fanpage no Facebook e gravem ou escrevam seus depoimentos.

Outros depoimentos



domingo, 5 de maio de 2013

A Descoberta do Mundo #4


O mês de abril foi bem cheio de leituras. Tentei maneirar nas compras, afinal já tenho uma pilha gigante de livros para ler (literalmente; sem contar os livros no Kindle), entretanto, as promoções sempre me quebram as pernas (e o banco). Sem mais delongas, vamos ao que foi adquirido e lido no mês!



Compras:


Watchmen Edição Definitiva – Allan Moore & Dave Gibbons. Panini.
Faz séculos que queria essa edição pra mim, mesmo sem ter visto o filme e sem saber com detalhes a história. Após ler V de Vingança tive a certeza de que o Allan Moore é tão excelente quanto sempre me disseram. Quis aproveitar a reimpressão que a Panini fez para adquirir logo o meu exemplar, antes que esgote e o quadrinho torne a ser vendido por aí por mais de duzentos reais.


História da Literatura Brasileira – Carlos Nejar. Leya.
Livro comprado após a bizarra constatação de que tenho pouquíssimos exemplares de livros de teoria literária e afins na minha biblioteca e após encontrá-lo com mais de 50% de desconto no site do Extra, se não me engano. Gente, nunca vi livro tão grande! Nem meu Dicionário Houaiss é tão grosso quanto esse livro. Folheei-o assim que ele chegou e tenho a sensação de que fiz uma boa compra.


Nova Gramática do Português Contemporâneo – Celso Cunha e Lindley Cintra. Lexikon.
Aquisição feita por extrema necessidade. Precisava de uma gramática para estudar para uma disciplina da faculdade e a minha Moderna Gramática Portuguesa, do senhor Evanildo Bechara, mais me confundia a cabeça do que ajudava. Sou péssima em gramática desde sempre. Sei escrever com certa desenvoltura, mas não entendo os porquês das regras gramaticais. Por isso precisava de um material mais palatável (mas ainda completo) e essa gramática foi bem recomendada.


História Sem Fim – Michael Ende. Martins Fontes.
Não resisti e comprei o livro. Já falei dele aqui algumas vezes e nunca serei grata o bastante ao Leonardo, do canal Estante do Leo, por ter me recomendado tanto esse bebê. Só de ter o livro impresso em mãos eu já tive vontade de relê-lo. Ainda torço para que a Editora Martins Fontes baixe o preço do livro, assim poderei dá-lo de presente aos meus amigos queridos.

 
Pra Ser Sincero: 123 variações sobre um mesmo tema – Humberto Gessinger. Belas Letras.
Mais um livro do senhor Humberto Gessinger. Neste, mais antigo, ele fala sobre a trajetória da banda Engenheiros do Hawaii. Imagino que já deu pra perceber que eu sou fã da banda e que adoro a forma que ele escreve, não é? Após uma pesquisa de preços, comprei o livro na Estante Virtual e só fiquei um pouquinho chateada porque a capa está meio desbotada, mas sem dramas.


Persépolis – Marjane Satrapi. Quadrinhos da Companhia.
Já tinha visto tanta gente falando bem desse quadrinho que há algum tempo alimentava o desejo de lê-lo/comprá-lo. Na livraria que fica dentro da minha faculdade havia uma promoção de livros da Companhia das Letras com 30% de desconto. Quando meus olhos cruzaram o único exemplar de Persépolis que tinha ali, não pensei duas vezes: peguei o livro como se fosse meu filho e não soltei mais!


Toda Poesia – Paulo Leminski. Companhia das Letras.
Praticamente o mesmo caso do livro acima. Sabia que se tratava de um lançamento da editora e o preço estava muito bom! Não li nada do Leminski antes, mas foi só pousar os olhos sobre alguns de seus poemas para saber que foi uma excelente aquisição. E ele e o Persépolis fazem um par laranja tão bonitinho!

 
Cada homem é uma raça – Mia Couto. Companhia das Letras.
Sugestão do vendedor da livraria da faculdade, no mesmo dia em que comprei os dois livros acima. Ele me viu ponderando sobre a compra de um livro do Mia Couto e me avisou que havia um lançamento fresquinho, que esgotara pela manhã na loja, mas já retornara. Vi que era um livro de contos e levei com a certeza de que teria uma excelente leitura.


A varanda do frangipani – Mia Couto. Companhia das Letras.
Adquiri mais esse belíssimo exemplar do Mia Couto graças a promoção da Companhia das Letras no site da Livraria Cultura. O preço estava tentador demais e me arrependeria pelo resto da vida se não o tivesse pra mim. Primeiro romance dele que adquiro. Espero que seja bom!


Os Livros e os Dias – Alberto Manguel. Companhia das Letras.
Livros que falam sobre livros sempre me seduzem. Conhecia o autor devido ao Dicionário de Lugares Imaginários e apostei que seria uma boa leitura. A capa e o preço, também com 50% de desconto no site da Livraria Cultura, reforçaram minha vontade.


Outras Inquisições – Jorge Luis Borges. Companhia das Letras.
Discussão – Jorge Luis Borges. Companhia das Letras.
Promoção 50% de desconto em alguns livros da Companhia das Letras na Livraria Cultura. Livros do Borges por menos de vinte dilmas. Adicionados ao carrinho sem peso na consciência.

 
Ficções – Jorge Luis Borges. Companhia das Letras.
Vi o Kalebe falando sobre esse livro e simplesmente não resisti! Cheguei a ler um trecho da Biblioteca de Babel em algum site aleatório por aí e quando descobri que esse livro continha o texto não pude deixar de adquiri-lo. Mais um desconto incrível do Extra, meu site preferido de compra de livros atualmente. E pra quem não tinha nada do Borges, agora tenho três livros. Impressionante, não é?

 

Presentes, promoções, etc.:


Deixe que leiam – Geneviève Patte. Rocco.
Arqueologias do Olhar – Frederico Spada Silva. Funalfa.
Livros que ganhei na promoção de três anos do blog O batom de Clarice. O primeiro é um ensaio de uma bibliotecária sobre seu percurso profissional em uma biblioteca infantil no subúrbio de Paris e o segundo é um livro de poesias com dedicatória. Junto aos dois ganhei também um anel lindinho da DesignTun. Pra quem participava de tudo que é sorteio e nunca ganhava nada, ter sido a primeira sorteada do blog foi recompensa mais que suficiente.


Ilusões – Richard Bach. Record.
Presente que ganhei de alguém que conheci por acaso enquanto voltava da quinta edição do Sarau em Casa. Adoro pessoas que gostam de presentear outras com seus livros favoritos! É como doar um pouco de si, sabe?




Leituras concluídas:


Dom Casmurro – Machado de Assis. Folha.
Como já havia dito, é uma releitura. Reli enquanto lia o título abaixo, então pude estabelecer muito mais relações de sentido do que eu fiz na minha primeira e simplória leitura. Fiquei muito brava com o senhor Bento Santiago, tanto que mereci dois comentários do Raphael e da Clara no canal deles (aqui e aqui). Realmente caí de amores pela Capitu e teria ainda mais coisas para dizer, se isso não fosse tomar tanto espaço do post. Talvez eu resenhe o livro, vejamos...


Quem é Capitu? Alberto Schprejer (org.). Nova Fronteira.
Leitura feita simultaneamente à releitura de Dom Casmurro. Trata-se de uma coletânea de textos que procura responder à pergunta do título. Achei o livro mais ou menos. Há alguns textos muito bons e outros que eu detestei. Deixarei pra falar mais quando resenhar o livro, mas adianto que os ensaios e contos seriam mais adequados se a pergunta fosse “Quem é Bento Santiago?”.


A Trama do Casamento – Jeffrey Eugenides. Companhia das Letras (Leitura no Kindle).
Livro mais do que recomendado pela Juliana e pelo Kalebe do canal Espanadores. Eu, que já tinha vontade de ler esse livro há algum tempo, embarquei na sugestão e devorei o livro. Confesso que fiquei meio decepcionada. Não falarei mais porque já escrevi a resenha e pretendo publicá-la logo mais. Por sinal, criei uma enquete na fanpage do blog. Quero que os leitores escolham qual a próxima resenha a ser publicada aqui. Por favor, participem!

 
Teoria Geral do Esquecimento – José Eduardo Agualusa. Foz.
Sugestão mais do que bem-vinda da Juliana Gervason. Devido a ela descobri o escritor e li Milagrário Pessoal. No começo a leitura não me prendeu tanto quanto esperava, mas depois ela me arrebatou! É uma delícia notar como eu devoro os livros do Agualusa. Gosto de leituras fluidas e que te marcam fundo. Ao contrário do que muitos “especialistas” pensam, um fator não exclui o outro.


Morder-te o Coração – Patrícia Reis. Caminho (Leitura no Kindle).
Segundo livro que leio da Patrícia Reis. Confesso que eu gostei mais de Amor em segunda mão, talvez porque me identifiquei mais com o tema deste ou porque não consegui me conectar aos personagens daquele. Gosto da narrativa da Patrícia, porém sinto que ela perde o fôlego ao longo da narrativa e isso compromete um pouco o resultado final.

 
Bartleby, the Scrivener – Herman Melville. (Leitura no Kindle)
Leitura para a disciplina de Literatura Norte-Americana. Só consegui entender mais ou menos do que o livro tratava após a discussão que tivemos em classe. O Bartleby é daqueles personagens que sempre te despertam alguma emoção. É impossível se manter indiferente a ele.

 
Eurico, o Presbítero – Alexandre Herculano. Ática.
Leitura para a disciplina de Literatura Portuguesa: Romance do séc XIX. Confesso que a leitura não me atraiu por diversos motivos, mas eu tinha uma prova sobre o livro, então tive que ler de qualquer jeito. Há pontos interessantes na narrativa de Herculano, principalmente se tratarmos do Romance Histórico, porém o livro não me prendeu.

 
A Fugitiva – Anaïs Nin. L&PM Pocket (Leitura no Kindle)
Nunca tinha lido nada da Anaïs Nin. Tenho o livro Delta de Vênus, mas ele está intacto na minha estante porque ainda “não me chamou”. Decidi ler esse livro da coleção 64 páginas da L&PM Pocket antes, assim tinha uma prévia da autora. Não sei se fui com muita expectativa ou o quê, mas não gostei das histórias selecionadas não. Já me disseram que o Delta de Vênus é melhor, então confiarei na recomendação.



Lendo:

Capitu: Memórias Póstumas – Domício Proença Filho. Record (Leitura no Kindle)
Recomendação da Clara e do Raphael do canal Capitu Já Leu? Li apenas um quarto do livro e estou gostando bastante da voz criada para Capitu, embora ache que o autor deveria ter sido mais ousado e citado menos o livro do senhor Bento Santiago. Por causa de um comentário da Capitu, fiquei com vontade de ler Senhora, do José de Alencar. Quem sabe, não é?

 
Os Miseráveis – Victor Hugo. Cosac Naify.
Após um tempo em stand-by eu retomei a leitura. Esse livro aparecerá inúmeras vezes no A Descoberta do Mundo porque ele demanda tempo e eu o tenho lido numa velocidade pra lá de reduzida. Tenho amado a história, porém ando meio fora de forma com romances de fôlego, por isso as doses graduais.

 
A Ilustre Casa de Ramires – Eça de Queiroz. L&PM Pocket.
Mais uma leitura para a disciplina de Literatura Portuguesa. Primeiro livro do Eça que leio – não, A Cidade e as Serras não conta porque eu nunca o li de verdade, apenas folheei alguns trechos pra poder passar nas provas. A escrita dele é bem mais fluida que a do Alexandre Herculano e só isso já me alivia.


As Horas – Michael Cunningham. Companhia das Letras.
Retomei essa leitura, estacionada desde o começo do ano, por causa da Michelle que comentou sobre o autor, o livro e o filme no blog dela. Foi por causa do filme que eu quis ter o livro e tentei iniciar a leitura de Mrs.Dalloway na época, mas não consegui seguir adiante. Quero terminar As Horas ainda em maio. Espero que eu consiga, porque o livro me angustia muito!

 

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