sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A Descoberta do Mundo #9


No fim do mês de agosto teve o Cosac Day, ou seja, livros da editora Cosac Naify com muito desconto. Quem conhece a editora sabe que os livros dela são caros, então esse dia (ou esses dias, como foi o caso dessa vez) é muito bem aproveitado por quem quer adquirir algo da editora. Bom, tudo isso pra dizer que a lista de setembro está bem, bem, bem maior do que nos meses anteriores. Além da Cosac, aproveitei umas ofertas boas de sebo, ou seja, mais livros! Aguentam a bronca? Vamos lá?


Compras:



Cosac Day:

Confissões de um jovem romancista – Umberto Eco. Cosac Naify.
Umberto Eco pra mim já é sinônimo de boa leitura. Confesso que dele eu só li O nome da rosa, um trecho do Seis passeios pelos bosques da ficção e o início do Não contem com o fim do livro, mas é suficiente para gostar da forma que ele escreve. Tenho alguns outros livros dele – reforçando a pilha interminável de livros não lidos – e esse me chamou atenção pelo título. Umberto Eco + título instigante + preço bom = compra!

A máquina de fazer espanhóis – Valter Hugo Mãe. Cosac Naify.
Já ouvi falar muito desse livro, mas nada sabia sobre ele nem sobre o autor. Vi-o em promoção e pensei dez mil vezes antes de adicioná-lo ao carrinho. O preço estava muito atraente, a curiosidade bateu mais alto, as recomendações positivas reforçaram tudo isso e agora ele faz parte da minha pequena biblioteca.

Mrs. Dalloway – Virginia Woolf. Cosac Naify.
Tenho uma edição mais antiga, comprada em sebo, com a tradução do Mário Quintana. Entretanto, nas duas vezes que tentei ler não consegui continuar, logo, pensei que se eu tivesse outra tradução a leitura poderia fluir – e para quem acha que estou falando besteira, fiz essa experiência com Orgulho e Preconceito e O Morro dos Ventos Uivantes e deu certo.
Minhas Contas – Luiz Antonio. Ilustrações de Daniel Kondo. Cosac Naify.
Compra feita no último segundo, porque me interesso por questões espirituais e religiosas, embora não professe nenhuma fé específica. Também pensei que esse seria um bom livro pro meu irmão caçula ler, quando ele sentir interesse. Meu acervo de livros infantis eu compartilho com ele, por isso, gosto de ampliá-lo.
A Árvore Generosa – Shel Silverstein. Tradução de Fernando Sabino. Cosac Naify.
Uma ex-colega de trabalho levou esse livro quando estávamos em treinamento para uma exposição sobre o livro ilustrado no Brasil. Me encantei tanto com a história que quis um exemplar pra mim. Como o preço estava muito bom, finalmente consegui sanar a vontade. Aposto que me emocionarei na releitura como se fosse a primeira vez.
Conto de Escola – Machado de Assis. Ilustrações de Nelson Cruz. Cosac Naify.
Diversas ilustrações desse livro estavam na exposição que comentei acima. Também queria demais esse livro, assim como O Delírio, livro ilustrado sobre um capítulo do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, adquirido faz algum tempo. Aproveitei a promoção pra sanar mais essa vontade.
Livro Ilustrado: Palavras e Imagens – Maria Nikolajeva e Carole Scott. Cosac Naify.
Para Ler o Livro Ilustrado – Sophie Van der Linden. Cosac Naify.
Dois livros que remetem à época em que trabalhei na exposição sobre o livro ilustrado no Brasil. Como o tema ainda me interessa, os preços estavam bons e meu livro do Peter Hunt estava querendo companhia, nem pensei duas vezes!
A Trilogia da Margem – Suzy Lee. Cosac Naify.
Vi uma resenha sobre um livro da autora em um material da faculdade e fiquei interessada. Infelizmente, quando decidi comprar algo dela, o livro que queria já estava esgotado. Esse, entretanto, me chamou atenção por se tratar do que é chamado de livro-imagem – a grosso modo, o livro que não precisa de palavras para contar a história, pois as imagens já dão conta da narrativa. Decidi arriscar. Pela folheada que dei, fiz uma excelente aquisição.



Aquisições de sebo:

Aventuras do Barão de Münchhausen – Marcelo Andrada (tradução e adaptação). Globo.
Lembro de ter visto o filme quando era bem pequena. Não recordo quase nada, mas vi o livro no sebo por um preço muito, muito em conta e fiquei com vontade de tê-lo pra mim. O exemplar está tão velhinho – esse livro é de 1953 – que dá até dó de mexer.

Cartas a um jovem escritor – Mario Vargas Llosa. Alegro.
Tia Júlia e o escrevinhador – Mario Vargas Llosa. MEDIAfashion.
Admito: nunca li nada do Mario Vargas Llosa e fiquei com vontade de ler. O primeiro livro me atraiu demais pela temática, já o segundo eu ouvi falar bastante e esse exemplar era da coleção da Folha de Literatura Ibero-Americana. Titubeei um pouco antes de adquiri-los, mas o preço baixo e a curiosidade falaram mais alto.
Para Sempre – Ana Maria Machado. Alfaguara.
Nesse mês a editora Objetiva/Alfaguara fez uma promoção com livros por 50% de desconto. Eu, interessada, fui olhar. Achei algumas coisas interessantes, mas o preço não me atraiu tanto. Vasculhando no sebo, encontrei esse livro por um preço menor que o da promoção. Já li Alice e Ulisses e gostei. Gosto de livros que falam de amor, logo, dei chance pra ele.
Cem Sonetos de Amor – Pablo Neruda. L&PM Pocket.
As Uvas e o Vento – Pablo Neruda. L&PM Pocket.
Presente de um Poeta – Pablo Neruda. Vergara & Riba Editoras.
O poeta não tem fim – Vinícius de Moraes. Vergara & Riba Editoras.
Mais poesia para a minha coleção. Estava desejosa de mais livros do Pablo Neruda, pois não li muitos poemas dele, e do Vinicius porque é Vinicius e Vinícius é amor.

Momento Machado de Assis:


Tenha uma confissão triste pra fazer: já tentei ler Memórias Póstumas de Brás Cubas por duas vezes e nas três empaquei no mesmo trecho – quem acompanha o blog deve ter lembrado do meu caso estranho com Se um viajante numa noite de inverno, do Italo Calvino. Como a edição que tem aqui em casa não é de uma qualidade boa e está muito, muito velha, queria comprar uma nova pra finalmente conseguir ler. Ok, essa edição da Abril não é nova, mas ela é mais decente do que o velho exemplar da Ática – esse mesmo que você pensou, daquela coleção de capas medonhas – e junto vem Dom Casmurro. Como não comprar?

Dom Casmurro, de Machado de Assis – Wellington Srbek & José Aguiar. Nemo.
Menina, quantas edições/versões de Dom Casmurro você tem? Uma só não basta não?” Já ouvi perguntas semelhantes e imagino que alguns leitores do blog tenham as mesmas dúvidas. Respondendo: contando a edição acima, que veio junto do Memórias Póstumas, tenho seis versões de Dom Casmurro. Duas em inglês, feitas por tradutores diferentes, três em português e esta, em quadrinhos. Encontrei por acaso esta versão e adquiri sem pensar duas vezes. Respondendo a outra pergunta: não, uma só não basta. Quero outras adaptações/traduções/quadrinizações da obra.

Machado de Assis: Impostura e Realismo – John Gledson. Companhia das Letras.
Por um Novo Machado de Assis – John Gledson. Companhia das Letras.
O Circuito das Memórias: NarrativasRomanescas de Machado de Assis – Juracy Assmann Saraiva. Nankin Editorial.
Livros teóricos sobre Machado de Assis porque estou interessada no tema e algo me diz que meu TCC será sobre Dom Casmurro (oh, really?).


Minha coleção tá crescendo bem, não?



Presentinhos:


O Centauro no Jardim – Moacyr Scliar. Compahia das Letras.
Presente de um amigo querido que me recomendou essa leitura e, não contente, decidiu me presentear com o seu exemplar do livro. Devido ao gesto de desprendimento, lerei e guardarei com ainda mais zelo do que já guardo meus queridos livros.

Fumaça e Espelhos: Contos e Ilusões – Neil Gaiman. Lettera.
Presentinho maravilhoso que ganhei do namorado. Há tempos desejava esse livro em português – em inglês eu tenho a edição em paperback –, porém ele está esgotado em todos os lugares e os poucos exemplares à venda estão absurdamente caros. Pelo jeito algum amigo ou amiga do meu namorado estava vendendo alguns livros e esse estava na lista. Comentei meu interesse e ele, lindo, me deu de presente. Como não amar?




Leituras concluídas:

Minhas Contas – Luiz Antonio. Ilustrações de Daniel Kondo. Cosac Naify.
Acho que se eu entendesse de candomblé teria aproveitado mais o livro, mas eu gostei de qualquer forma. As ilustrações do Kondo são lindas e o autor conseguiu dar leveza ao tema da (in)tolerância religiosa, tantas vezes encarado com sisudez e radicalismos. Muito bom!

Para Sempre – Ana Maria Machado. Alfaguara.
Livro que fala sobre o amor e sobre como nós encaramos a ideia de um “amor eterno”. Ao mesmo tempo que meu coraçãozinho romântico sofria com as histórias que a autora escreveu, minha cabeça não podia concordar mais com as situações e os raciocínios ali descritos. É um livro interessante.




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